quinta-feira, 1 de julho de 2010

Monstro do Mar

Oi Pessoal... Hoje temos aqui um texto muito interessante, sobre um novo achado: um antigo monstro marinho. Leiam, vocês vão gostar.

...
Pesquisadores descobriram o fóssil de uma baleia antiga com dentes enormes. Os cientistas chamaram a criatura, que viveu há 12 milhões de anos, de "Leviatã".
Acredita-se que a baleia tinha mais de 17 metros de comprimento, e que pode ter travado intensas batalhas com outras criaturas gigantes que viviam no mar durante o período.

A Leviatã era bastante parecida com a baleia cachalote moderna em termos de tamanho e aparência.
Mas é aí que termina a semelhança. Enquanto a baleia cachalote é um animal relativamente passivo, que engole lulas do fundo do mar, a Leviatã era uma agressiva predadora.

De acordo com Christian de Muizon, diretor do Museu de História Natural de Paris, a Leviatã poderia ter caçado e comido grandes criaturas marinhas como golfinhos, focas e até mesmo outras baleias. “Era um tipo de monstro do mar”, disse. “E é interessante notar que ao mesmo tempo nas mesmas águas havia outro monstro, que era um tubarão gigante de cerca de 15 metros de comprimento. É possível que eles tenham lutado.”

Os pesquisadores especulam que a Leviatã podia caçar presas grandes, de até 8 metros. A baleia capturava outros animais com sua enorme mandíbula e os destruía rapidamente com seus grandes dentes. Um fóssil do crânio da baleia,de 3 metros de comprimento, foi descoberto por pesquisadores no sul do Peru, em 2008. Um pupilo de Muizon, Olivier Lambert, estava no grupo. “Era o último dia da nossa viagem de campo quando um dos nossos colegas veio e disse que achava ter encontrado algo muito interessante”, disse Lambert. “Nós imediatamente vimos que era uma baleia muito grande e quando olhamos de perto vimos que era uma baleia cachalote gigante com dentes gigantes.” Os dentes eram mais do que duas vezes maiores em comprimento e diâmetro do que os encontrados em baleias cachalote modernas e estavam localizados na arcada inferior e também na superior. As baleias cachalote modernas têm dentes apenas em sua arcada inferior. A descoberta do crânio significa que a Leviatã não é apenas um mito.

Os pesquisadores não sabem as razões que levaram à extinção da Leviatã. Eles especulam que possíveis mudanças ambientais podem ter obrigado a criatura a mudar seus hábitos alimentares. Isso pode ter levado ao surgimento das baleias cachalote, muito mais gentis, com o nicho carnívoro sendo preenchido por baleias mais agressivas como as orcas quando as condições voltaram a mudar.

Os autores do artigo publicado na "Nature" são todos especialistas em baleias e fãs do clássico da literatura americana Moby Dick, que relata a história de uma feroz baleia cachalote branca. Eles batizaram a criatura com o nome científico de Leviathan melvillei, em homenagem ao autor do livro, Herman Melville.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/07/cientistas-encontram-fossil-de-baleia-que-era-monstro-do-mar.html

Muito legal né?
A gente aqui adorou!
Depois a gente volta com mais novidades.
Até logo :D

terça-feira, 22 de junho de 2010

Maravilha Pré-Histórica

Oooi...
Bem pessoal, hoje a gente vai relatar um pouco da conversa que tivemos com o Profº Dr. Jorge Luiz Lopes da Silva, o responsável pelo setor de paleontologia do Museu de História Natural da UFAL e pelo projeto Fósseis de Alagoas.A conversa com o professor ocorreu no dia 17/06/2010 e ele passou muitas informações sobre o trabalho que vem realizando aqui no estado.

O professor Jorge Luiz realiza pesquisas em Maravilha (Sertão de Alagoas) desde 1997. Ele foi até lá com o intuito de procurar cavernas (pelas quais ele tem fascínio), porém nunca as encontrou. No entanto, ao fazer suas caminhadas pelo lugar, ele começou a ter notícias de que lá havia ossos gigantes, os quais a população acreditava pertencerem á algum ser mitológico. Eles não sabiam, mas tratava-se de um osso de preguiça-gigante com mais de 10.000 anos de idade.

Desde então, a cidade passou a ser o objeto de pesquisa do professor, que estuda a megafauna do sertão de Alagoas, ou seja, mamíferos gigantes pré-históricos e já encontrou fósseis de diversos animais extintos, como: toxodonte, preguiça e tatu gigantes, gliptodonte, paleolhama-gigante entre outros.

As escavações para busca de fósseis são feitas principalmente na Fazenda Ovo da Ema, de propriedade do Senhor Adelmo, mas às vezes também realizam-se escavações em outras áreas como em Poço das Trincheiras. Foi lá na fazenda Ovo da Ema, que o professor encontrou o que vem a ser sua maior descoberta: a parte inferior completa do corpo de uma preguiça-gigante.

No entanto, não basta apenas encontrar o fóssil, é necessário um trabalho muito árduo para transportá-lo e assim poder estudá-lo:
* após ser encontrado, o fóssil é limpo com pincel, mas é importante deixar incrustada uma certa quantidade de sedimento;
* depois de limpo é passada cola líquida no osso para conferir resistência, a cola não afeta o fóssil, pois quando seca fica transparente;
* em seguida o osso é envolvido com uma gaze molhada em em gesso diluído em água, esse revestimento, que é feito duas vezes, dá proteção para o fóssil durante o transporte; lembrando que a secagem do gesso é rápida divido à alta temperatura de Maravilha, que pode chegar a 50°C;
* depois do envolvimento do fóssil na gaze, é preparado um engradado com ripas de madeira, estofado na base e isopor nas laterais, no qual o fóssil que já está envolvido em panos, é colocado e transportado.
Assim é possível realizar o transporte seguro do fóssil até o laboratório.

Com os trabalhos do professor, Maravilha já está sofrendo diversas transformações, pois está se transformando em uma cidade temática. Já é possível ver nas ruas de lá, réplicas gigantes do que foi encontrado nas escavações, mas isso não é tudo, a cidade também possui o único museu paleontológico da megafauna no Brasil, onde depois de analisados, datados e identificados pelo museu de paleontologia da UFAL, os fósseis que não têm grande relevância científica são expostos, podendo assim, ser visitados pela populaçao local e por turistas.

A idéia do Profº Jorge é criar um parque em maravilha, no qual além da tematização da cidade seja possível que as pessoas vejam as escavações e até participem.
Vale lembrar que o municipio de Maravilha conta com 13 mil habitantes, sendo 8 mil deles na zona rural, e para que o trabalho na cidade dê certo, é necessário um trabalho contínuo de educação ambiental, esclarecendo a população sobre a importância do tesouro que eles possuem e sobre o que o sucesso do projeto pode trazer de bom para a cidade.

Assim, busca-se sempre inserir a população local nas atividades do projeto, por exemplo, o mascote do projeto - o Tigre-dentes-de-sabre, chamado Zamba - foi escolhido por meio de uma votação no município.

* Veja aqui as fotos da cidade de Maravilha e dos fósseis encontrados lá.

* Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.

E aí, gostou de tudo?
Clique aqui para saber como ir da capital de Alagoas até Maravilha.

Bem, espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre a "Maravilha Pré-histórica".

Logo, logo, a gente traz mais informações sobre o que foi descoberto lá...
E se você já conhece a cidade, diz pra gente o que achou.
Até logoo :D

Achados Paleontológicos

Boa Noite...
Bem, hoje a gente vai mostrar aqui alguns dos maiores achados da paleontologia.
São "peças" que tiveram e ainda tem grande importância para o entendimento da história do nosso planeta, para o entendimento da nossa história.
Boa leitura...


Um bebê mamute fêmea de seis meses, foi encontrado no permafrost (região permanentemente congelada) no nordeste da Sibéria. Os mamutes eram animais que apresentavam tromba, presas de marfim encurvadas, e tinham o corpo coberto de pelos, semelhante aos elefantes.
Apesar de ter morrido há 10 mil anos, um pouco dos longos pelos do bebê mamute ainda foram conservados. É o espécime mais bem preservado já achado.


Um fóssil de gliptodonte, um mamífero que viveu no continente americano há mais de 30 mil anos, foi encontrado no Uruguai. O gliptodonte é um mamífero herbívoro, antepassado dos atuais tatus. Ele podia medir até três metros e pesar uma tonelada e meia.
O fóssil foi encontrado por Mario Vignolo, um menino de 12 anos que o encontrou enquanto ia pescar perto de casa. Com um metro e meio de comprimento e em bom estado de conservação, o fóssil foi levado pela para o Museu Alejandro Berro, na cidade de Mercedes.


O Argentinosaurus huinculensis ("lagarto argentino de Huincul") viveu no final do Cretáceo, há 95 milhões de anos, nas savanas da América do Sul. Ele media cerca de 45 m decomprimento, 20 m de altura e pesava de 90 a 110 toneladas, o que o torna o dinossauro mais pesado.
Foi descoberto em Huincul, província de Neuquén, na Argentina, em 1993 por Guillermo Heredio. Pouco do dinossauro foi fossilizado, apenas algumas vértebras, costelas, uma tíbia e um fêmur.



Um esqueleto quase completo de uma preguiça gigante de 3 metros foi achado há alguns anos no Poço Azul, na Chapada Diamantina, Bahia. O animal vivera ali 11 mil anos antes.
Depois de estudar os ossos do animal, pesquisadores da PUC-Minas, concluiram se tratar de um novo gênero, o qual foi batizado como Ahytherium aureum – “preguiça de ouro”.


Interessante né?

E você, já ouviu falar de mais algum fóssil?
Conta pra gente...
Até mais =)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Paleo ou Arqueo?

Oi Pessoal, Tudo bem?
Vamos agora tirar uma dúvida que muita gente tem: qual a diferença entre paleontologia e arqueologia?
O homem do desenho ao lado é paleontólogo ou arqueólogo?
Você sabe?
Será que são duas profissões iguais?

Na verdade, as duas profissões são bem diferentes...

Um paleontólogo, entre outras coisas, é um biólogo ou geólogo, e estuda restos ou vestígios de diversas formas de vida (animal, vegetal, etc.) através da análise do que restou delas e da sua atividade biológica: pisadas, coprólitos, bioturbações, fósseis ósseos, etc. A Paleontologia é a ciência natural que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, procurando sempre conhecer a vida do passado geológico da Terra.

Os arqueólogos diferenciam-se dos paleontólogos porque não trabalham com restos de seres vivos. A arqueologia é uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como um objeto de arte) ou objetos imóveis (como as estruturas arquitetônicas). Assim, um arqueólogo estuda as culturas e os modos de vida humana do passado a partir da análise de vestígios materiais.

Legal, né?
E aí, já descobriu a profissão do nosso amigo?
Diz o que você achou...
Até mais =)

Sítios Paleontológicos - BR

Ooi pessoal...
Sabe, a gente não para pra pensar, mas debaixo dos nossos pés está escondido muita coisa sobre a história do planeta.
São vários os achados que ajudam a contar essa história, e os lugares em que são encontrados, tornam-se um patrimônio para a ciência.

No Brasil também existem esses lugares, os sítios arqueológicos, e alguns dos principais são:

Formação Santana
(110 milhões de anos atrás, Cretáceo médio da Bacia do Araripe, CE, PE e PI)

Esse é provavelmente o mais rico depósito de vertebrados fósseis do Brasil, e um dos mais importantes do mundo, chamando atenção pelo excelente estado de preservação. É de lá que vêm os milhares de fósseis com peixes encontrados nas feiras e lojas por todo o Brasil, lembrando que o comércio de fósseis é ilegal.

A grande atração da Bacia do Araripe é um fóssil encontrado em 1991, que ao ser submetido à um microscópio eletrônico, mostrou a presença de pele, fibras musculares e possíveis vasos sanguíneos do animal. Esse é o melhor exemplar de tecido mole preservado encontrado até o momento.
Além dos dinossauros a Bacia do Araripe é rica em fósseis de peixes, tartarugas, crocodilianos, pterossauros, foraminíferos, crustáceos, gastropódes, ostracóides, bivalves e equinóides.

Formação Santa Maria
(225 milhões de anos atrás, Triássico médio a superior, Bacia do Paraná, RS)

É constituída de siltitos e sedimentos pelíticos, depositados em um ambiente com rios e lagos. Nessa região foi encontrado um dos fósseis de dinossauros mais antigos do mundo, um Staurikosaurus, encontrado em sedimentos de 225 milhões de anos.

Recentemente, expedições realizadas no Rio Grande do Sul encontraram vestígios de outros dinossauros pertencentes ao grupo dos prossaurópodes. A Formação Santa Maria é rica em fósseis de outros vertebrados tais como os Dicinodontes, Cinodontes, e vários répteis como, Prestosuchus.

Grupo Baurú
(80 milhões de anos atrás, Cretáceo superior abrangendo Bauru, SP, MG, PR, GO e MT ).

É composto pelas formações Adamantina, Marília, Caiuá, Santo Anastácio e Uberaba. O Grupo Bauru é a mais extensa sequência sedimentar de idade cretácea da América do Sul, e é constituída de arenitos e siltitos depositados em ambiente fluvial. A presença de dinossauros carnívoros é evidenciada por dentes e ovos de pequenos terópodes (Abelissaurídeos).

O Grupo Bauru apresenta também fósseis de peixes, crocodilos, tartarugas, lagartos e anfíbios. Além dos fósseis ósseos de dinossauros, já foram encontrados mais de 300 dentes, 4 ovos e muitas pegadas fósseis e os primeiros fósseis de aves da época dos dinossauros achados no Brasil.


É claro que existem muitos outros lugares, mas com o que foi encontrado nesses daí, muita história já foi contada. ;)
(Fonte: http://www.avph.com.br/brasil.htm)

- Clique aqui para mais informações.

Bem, é isso aí...
Alguém já conhece algum desses lugares??
Quem conhecer, fala aê...
Até logo :D

Formação dos Fósseis

Boa Tarde...
Bom galera, todo mundo já sabe o que é um fóssil, mas pra que ele seja formado, é necessário um ambiente muito especial: os ambientes de sedimentação, e é sobre eles que vamos conversar hoje.
Mas antes de falar sobre esses ambientes, precisamos saber o que são rochas, e aí, alguém arrisca um palpite?

Então, rochas são quaisquer agregados naturais sólidos, compostos de um ou mais minerais, e que constituem parte essencial da crosta terrestre. Os três grandes ambientes geológicos que geram as rochas são: Ambiente magmático, ambiente metamórfico e ambiente sedimentar. As principais diferenças entre eles são definidas em termos de pressão, temperatura e composição química.

Os ambientes sedimentares apresentam baixos valores de temperatura e pressão, composição química variável e proporcionam grandes transformações químicas, tais como a oxidação, carbonatação, hidrogenação e a hidratação. Alguns exemplos destes ambientes são: fundo oceânico, margem continental, plataforma continental, rios, praia, deserto, lago, delta, glaciar...

É nos ambientes de sedimentação que encontramos a grande maioria dos fósseis. Quando ocorre a deposição de sedimentos, se dá o enterramento de organismos que poderão originar fósseis.
Nos casos em que ocorre boa preservação das evidências orgânicas, reúnem-se geralmente quatro condições: enterramento rápido, com sedimentos finos, em ambiente marinho (há maior proteção contra os agentes atmosféricos) e existência de mais partes duras (ossos, dentes, carapaças).

Veja na figura abaixo um esquema do processo de fossilização.


Pronto, agora todo mundo já sabe o ambiente onde pode procurar fósseis, né?
Se encontrarem, é só avisar! ; )
Até já...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Importância dos Fósseis

Olá pessoal...
Então, a gente já falou aqui sobre os fósseis, mas pra que eles servem? Por qual motivo, os paleontólogos e outros profissionais buscam e estudam os fósseis?
Qual a importância deles?

Os fósseis são uma importante ferramenta para os geólogos e biólogos.
Por meio do estudo dos fósseis, os geólogos são capazes de identificar o paleoambiente gerador das rochas sedimentares bem como sua idade relativa, o movimento dos continentes, a variação do clima da Terra etc. A indústria do petróleo, em todo o mundo, utiliza-se também das informações oferecidas pelos fósseis para encontrar óleo, gás natural, etc.

Por outro lado, os biólogos, que procuram entender como surgiu a grande diversidade de organismos, utilizam os fósseis nos seus estudos evolutivos. O entendimento dos processos que controlaram a evolução e dispersão dos organismos por toda Terra são úteis para a compreensão de temas como o surgimento da vida, surgimento de novas espécies, crises biológicas etc. Então por meio dos fósseis dá pra saber como foi a vida e o ambiente da terra bem como descobrir as espécies que viveram e não estão mais aqui...
(Fonte: http://www2.igc.usp.br/replicas/importancia.htm).

Agora deu pra entender, né?
Caso tenha ficado alguma pulguinha atrás da orelha, o blog está aberto a perguntas, sugestões, etc... Ok?
Vamos fazer desse encontro constante.
Até logo!
Abraços